sexta-feira, 21 de maio de 2010

Natureza Viva


Natureza,
Cercada de cimento e aço,
Ainda viva,
Ainda na busca da vida

Luta,
Luta pelo bem,
Uma guerra travada a cada dia
Por que ? pra que ? contra o que ?

Por nós,
Pra nós,
Contra nós.

Tentamos destruir
E esconder
Atrás de colunas de melancolia,
Embaixo dos panos de asfalto.

E ela tenta nos proteger,
A cada dia, nos salvar,
De nós mesmos,
De nossas idéias e desenvolvimento.

Nós criamos prédios,
Para tampar o céu,
Mas todo dia o sol nasce,
Para nos esquentar e proteger

Tentamos envenenar o oceano
Que trás o sorriso ao rosto de uma criança
A inspiração ao poeta
E o consolo ao apaixonado

Guilhotinamos as florestas
Que durante tanto tempo
Foi a mãe e pai de nossos antepassados
Logo, nossos antepassados

Somos filhos da natureza,
Da floresta, do mar, do vento, do sol
Somos água e vento
Dentro de um corpo de barro

Mas ainda assim não percebemos
Que ao destruir a natureza
Estamos a nos destruir

A Natureza é Deus,
O Homem é a imagem e semelhança de Deus,
O Homem é a Natureza .

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Medo, Honra, Covardia e Coragem.

E quando a revolução chegar,
Se chegar,
Como será ?
Como o povo agirá ?

Muitos se negarão
Serão contra o distúrbio
Da paz e da tranqüilidade,
Que eles criaram,
presos dentro de suas próprias grades

Mas haverá os que lutarão
Que sairão da prisão
de seus casulos
Em nome da sociedade

Chegará um momento,
Em que os que foram contra o progresso
Enfrentarão
Tentaram conter
Os que estão a pensar no povo

Essa repressão será pesada
Muitos cairão
Muitos irão trair seus amigos
E muitos desistirão

Terá aqueles que lutaram por um tempo
Mas diante do medo
Mostrar-se-ão covardes
E correrão de volta para as grades
Do casulo da desigualdade

Mas nem todos serão tão desprezíveis
Haverá os de coração puro,
Espírito de liberdade
E nojo perante a covardia de seus “aliados”

Esses continuaram a lutar,
Esses talvez morrerão
Mas morrerão pelo bem dos que hão de sobreviver,
Dos que se amedrontaram no momento crucial
E dos que reprimiram o povo em nome de seus próprios interesses

Dos prisioneiros de seus casulos
E das vitimas de sua segregação
Das forças de repressão
E de toda Sociedade


Esses escreverão diários,
Diários de sangue,
Livros de bravura,
Relatos da luta
Que mostrarão para as próximas gerações
O heroísmo de seus antecessores
Que lutaram e perderam suas vidas
Pela melhora da condição de vida de outros

Muitos se sobrevivessem não ganhariam nada
Em termos materiais
Com a revolução
Talvez até seria prejudicial
Mas ganhariam por outro lado
O direito de viver uma sociedade menos desigual
E mais feliz .

sábado, 1 de maio de 2010

Rotina

Segunda, Terça, Quarta, Quinta
Correndo tranquilamente
Um atrás do outro
Os dias vão terminando

Vão passando
Vazios cronológicos
Nada de novo acontece
E a morte vai chegando

A sociedade falida
Numa louca e constante rotina
A sociedade perdida
Num incompleto e vazio dia-a-dia

Nada de revolução
Nada que mude a hipocrisia
Do capeta sem coração
E sua mania de histeria

A juventude de ontem
Que lutou contra a opressão
Hoje é quem impõe
Sobre nós a repressão (?)

Repressão que nada
Nós somos os culpados
Essa juventude passiva
Sem a procura por resultados

Organizamos passeata
Como forma de diversão
Botar fofocas em dia,
Fazer comunidade no Orkut
E musicas de baixaria

Somos uma juventude sem cara
Sem atitude e opnião
Uma juventude burguesa
Que nem ao menos quer sua libertação

Segunda, Terça, Quarta, Quinta
Correndo tranquilamente
Um atrás do outro
Os dias vão passando .