quinta-feira, 12 de julho de 2012

Em memória de 23 de Março.

Naquela noite incrível,
descobri novas formas de ser artista...
Nas linhas de teu corpo, li uma carta de amor,
tão poética, apaixonada e apaixonante,
que me levou ao êxtase, muito mais que literário...

Nas muitas cores de seus cabelos
descobri a pintura abstrata de ser feliz
e vencer a solidão.

Com lápis e borracha
rabisquei corações, orgasmos e versos,
com tinta e caneta pintei um novo amor...

Ah... Aquela noite perfeita
à meses passados,
anos ou décadas...
Já nem sei quanto tempo...
Já perdi as contas...

Mas desde aquela noite,
a única coisa que me vem a cabeça,
a única coisa que não larga de meu peito,
a única coisa que sinto vontade de falar,
a todo tempo,
é o mesmo que gritei no fim e no início de tudo...

“Eu amo você”.




Rio de Janeiro, Gamboa, 12 de julho de 2012

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