O brilho do sol reflete em seu cabelo,
enquanto minha mão lhe faz cafuné
e se sente perdida num labirinto
de formas, cores, curvas e densidades...
Sua barba mal feita enfeita o rosto.
Meus olhos estreitos contemplam
a fisionomia, as idéias, o momento...
a música é baixa e os risos altos
E se agora, junto ao sol e ao mar, está desfeito o momento,
e se agora, outros fios a mão acaricia, não importa.
Ainda sinto os dedos me tocarem,
os olhos me contemplarem,
ainda sinto o momento...
Poema de Yan Gabriel de Oliveira e José del Baquerú
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Ode à Lapa.
Ao pisar nesse solo sagrado,
Homenageado por tantos e tantas gerações,
Me arrepio e peço benção.
Aqui, meu cabelo bagunçado e minhas roupas amassadas
não tem diferença.
Aqui, posso ser quem eu quiser,
o que eu quiser,
quando eu quiser,
como eu quiser.
Ó Terra de todas as tribos...
Entre bêbados e patricinhas,
mendigos e malandros,
me sinto bem...
Sento no botequim mais sujo e mais barato,
E, com uma cerveja e um cigarro,
dou a luz a esses versos medíocres,
porém apaixonados.
Olho pro céu
e vejo as estrelas se confundirem com os holofotes
desse templo da Boemia que são os Arcos.
Hoje a Noite ainda não tem Luar,
e talvez nunca mais terá,
mas, finalmente, estou em paz...
No berço do Samba, misturado com Rock
e outras bossas...
Estou em casa,
Estou na Lapa.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Menino Di-Lua.
Na maior parte do tempo,
sinto meu coração vazio,
como um céu sem lua...
O vazio da Lua Nova...
às vezes surge uma felicidade crescente
que, de repente, mingua
-o momento mais doloroso-
antes de chegar a ser cheia, feliz de verdade.
Lua cheia, nunca mais.
sinto meu coração vazio,
como um céu sem lua...
O vazio da Lua Nova...
às vezes surge uma felicidade crescente
que, de repente, mingua
-o momento mais doloroso-
antes de chegar a ser cheia, feliz de verdade.
Lua cheia, nunca mais.
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