domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ode à Lapa.


Ao pisar nesse solo sagrado,
Homenageado por tantos e tantas gerações,
Me arrepio e peço benção.

Aqui, meu cabelo bagunçado e minhas roupas amassadas
não tem diferença.
Aqui, posso ser quem eu quiser,
o que eu quiser,
quando eu quiser,
como eu quiser.

Ó Terra de todas as tribos...
Entre bêbados e patricinhas,
mendigos e malandros,
me sinto bem...

Sento no botequim mais sujo e mais barato,
E, com uma cerveja e um cigarro,
dou a luz a esses versos medíocres,
porém apaixonados.

Olho pro céu
e vejo as estrelas se confundirem com os holofotes
desse templo da Boemia que são os Arcos.

Hoje a Noite ainda não tem Luar,
e talvez nunca mais terá,
mas, finalmente, estou em paz...
No berço do Samba, misturado com Rock
e outras bossas...

Estou em casa,
Estou na Lapa.

3 comentários:

  1. Muito bonito meu caro...a lapa é realemente a nossa casa..a casa dos livres...dos bebados dos sãos e dos loucos....enfim...a lapa é a casa de todos nós...bjsss

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  2. Bonita ode! É nítida sua identificação com o lugar, a intimidade com sua "casa". Homenagem merecida. Feliz por ter estado ao seu lado no momento de criação do poema, aí mesmo, na lapa!

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  3. Eu também gosto desse terreno de todos que a Lapa se mostra!

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