"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Apenas um pedido - prolixo - de amor.
Apesar dessa eterna carinha de menina,
sou uma mulher que já viveu
muita coisa nessa vida...
Já sofri muito nessa vida,
já amei muito nessa vida...
Já vivi muito nessa vida.
Fui amada e rejeitada,
de todas as formas possíveis de se amar,
e, ao mesmo tempo,
sempre
se rejeitar, um pouco,
neste complicado labirinto de encruzilhadas
onde se despacham
sempre ao mesmo tempo
o amor e o ódio,
chamado vida.
Vivi e amei
muito
ao lado de muitos sorrisos e de,
ainda muitas mais,
algumas lágrimas.
de muitos amantes.
Já me considerava aposentada,
falida e abandonada
dos negócios do amor,
sobrevivia com algumas paixões
rápidas e globalizadas
de uma noite no máximo,
Quando conheci seu sorriso
tímido
escondido por detrás da barba
anacrônica de poeta
bêbado
de meia idade.
No brilho sonhador
de seus olhos cansados
sonhei com uma nova forma
inédita
de amar e de viver
talvez até sem sofrer.
E agora,
você vem
me dizer que era tudo
mais uma vez
sonho e ilusão?
Pior,
Você vem me
dizer que aquele brilho sedutor
e ofuscante do teu
olhar era a vingança,
vinda de uma única vez,
de todas as lágrimas que
eu escorri e
fiz escorrer
em amores falidos...
em meus passados?
Não!
Por favor, não.
Não te peço muita coisa.
Apenas uma.
Apenas que me ame
e me engane
me fazendo acreditar que
sou feliz
a cada segundo...
a cada momento...
Só te peço que me impeça
a cada instante
de ter tempo para lembrar
das lágrimas do passado
e poder assim
finalmente sorrir
e viver
num presente comum,
e quem sabe construindo
um futuro coletivo.
9 de dezembro de 2013,
Morro do estado, Niterói (RJ)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário