sábado, 19 de junho de 2010

Estrela .



Coração bom,
Honesto,
Amigo fiel,
Bom filho,
Exemplo de namorado,
Exemplo de pessoa

Jorge Henrique, o Kiko,
Tinha todas as qualidades
Necessárias para um bom advogado,
Bom médico, escritor, engenheiro,
Jornalista, publicitário, ator,
Cantor, desenhista,
Poeta, ...

Porém entre todas essas qualidades
Kiko escolheu outra
A que ele era melhor
E a que o deixava mais feliz
Fisicamente – pela adrenalina –
E economicamente

Kiko voava

Kiko corria pra viver
E correu pra morrer

Nas ruas da Zona Sul,
Da Tijuca, da Barra
De Niterói ou da Lapa,
Melhor malabarista não tinha

Sim, malabarista,
Pois o que ele fazia era
Um verdadeiro malabarismo
Com o tempo, entre espaços,
Curvas ou buracos,
Vida e a morte.

Nunca falhou,
Sempre desviando da morte,
Numa exatidão milimétrica,
Sempre um segundo na frente .

Um dia, porém,
Alguma alma fraca
E desalmada
Deixou a morte
Queimar largada.

Kiko pela primeira vez
Foi ultrapassado (apenas pela indesejada)
Primeira e ultima vez,
Ultima e primeira vez.

Como sua jaqueta de couro dizia
Kiko era uma estrela do asfalto
Que como o padre Valentim narrou
Foi transferida para o céu

Sua equipe agora é uma constelação
Que brilha todas as noites
Como sempre brilhou na terra
Iluminado pra sempre em nossas lembranças .






Poema dedicado à Jorge Henrique da Costa Medeiros (5/12/88 – 13/3/09),

O Kiko .

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