sábado, 13 de novembro de 2010

Nadando no Rio

Eu estava sentado num canto qualquer,
Ao meu lado companheiros:
Guardanapos, copos de guaravita, papéis de biscoito,
Excrementos de rato, lama, poeira,
Algumas gotas de sangue e um dente quebrado...

Veio uma vassoura,
alta, magra,
morena de cabelo castanho claro,
e varreu-me pra longe...
Mãos enormes me levantaram
e as luzes se apagaram...
...

Estou novamente com meus companheiros,
e muitos mais...
corremos junto com o rio negro e fedorento...
Afogados pela solidão da sociedade,
seguindo o fluxo pastoso,
inertes e sem mais esperanças de ver a luz ...

Apenas esperamos
até sermos conduzidos ao mar!

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