Teus cabelos ostentam
apagadas cores
de vidas passadas...
Escorregando pela sua pele,
pálida de morte...
Teus olhos vermelhos
inundam o rosto lindo
de dor... Dor de amor correspondido,
maduro, eterno,
porém destruído.
O amor foi destruído
e transformado...
Continuou enorme.
Mas deixou de ser Amor...
Virou vício. Virou dependência.
Virou morte.
Falsa felicidade cínica e dissimulada,
sem ao menos ser obliqua...
Falsa felicidade viciosa,
viciante, vacilante
que corroeu o amor verdadeiro
e assim a vida se partiu...
Se partiu em dois grandes símbolos de solidão...
O primeiro: um enorme navio pirata
vagando, voando e naufragando pelo mundo,
e, o outro, em terra, tu: a linda noiva,
em coma na noite de núpcias,
à espera de seu príncipe pirata
que dormirá eternamente no fundo do mar.
E nunca mais virá para dar vida novamente
às muitas cores de teus cabelos.
Niterói, Ingá, 7 de Novembro de 2012
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
domingo, 11 de novembro de 2012
A noiva e o pirata.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que coisa linda! (: gostei muito..
ResponderExcluirAgradeço também seu comentário... Compartilho da mesma opinião quanto a trocar idéias, sugestões, comentários e manter contato!
Beijos