No ar,
uma neblina fria das montanhas,
envolve o caloroso abraço de amor.
A fumaça dos cigarros
é multiplicada pelo frio
que os mesmos tentam,
inutilmente,
expulsar,
junto com as lembranças
e magoas da cidade.
Um frio congelante e apaixonante.
Um vento gelado,
que desce as montanhas de Carlos e Milton,
tomando praças e ruazinhas de paralelepípedos,
entrelaçando mais e mais
aqueles corpos
embriagados de cachaça e caricias
estendidos ali
naquele mar de morros e gramados
contemplando o Universo.
Incontáveis estrelas flutuavam,
ambíguas,
sobre as cabeças
unidas pela grama,
apresentando-lhes o infinito.
Teixeiras (MG), 17 de junho de 2013.
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
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