sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Arrependimento

Olá amigos, primeiramente peço desculpas pela grande lacuna de 3 meses de ausência , é que assim como eu havia temido no artigo inicial a preguiça me venceu mais uma vez e não postei durante esse tempo .

Muita coisa mudou nesse tempo mais não vem ao caso agora. Meu artigo de reestréia trata sobre um assunto que muitos já passaram ou ainda vão passar: a perda de um ente querido. Ontem ás 17h40min meu avô veio a falecer. Não sei direito muito sobre o quadro clinico dele mais sei que a 6meses e 1semana ele teve um derrame, eu acho, e entrou em coma e sofreu muito, seu caso não tinha mais volta, só dependia dele e seu espírito materialista, parto aqui da minha visão espírita, e quem for contra ou não gostar de ler sobre esta visão peço que pare de ler agora, voltando, só dependia dele para ir para um lugar melhor. Todos na família sabiam disso, e sabem ainda, que foi melhor pra ele, mais mesmo assim é muito difícil.

Devido a problemas entre ele e minha mãe, sua filha, que não vem ao caso agora, eu nunca tive muito contato com ele, e nem eu nem ele tentamos uma aproximação, como me arrependo disso hoje em dia, e por esse motivo muitos podem achar que eu não sofreria tanto, mas eu vejo isso como mais um motivo para “dor”, embora eu saiba que foi o melhor pra ele, que agora ele vai se redimir de seus erros e ter a chance de ser perdoado, eu me sinto meio culpado por não ter nunca tentado uma aproximação. Mais sei que essa oportunidade um dia virá em nosso reencontro no plano espiritual. Eu acabei de chegar do enterro dele, minhas tias estavam muito tristes e não paravam de chorar, eu como espírita e anti-materialista estava tentando manter uma posição de porto seguro, tentando transmitir conforto e calma a elas, embora estivesse visível que eu estava muito triste e cansado, mas o que eu não transparecia era o verdadeiro motivo da minha tristeza, obvio que estava triste pela morte de meu avô, mas grande parte de minha tristeza era causada pelo arrependimento de não ter mantido contato com ele. Durante o velório me revezava entre preces, ao pé do caixão, abraços, tentando acalmar os familiares e buscando um pouco de calma nos mesmos, e lagrimas comprimidas em um canto só. Durante o interro estava tudo indo calmamente, na medida do possível, até que me dei conta que minha mãe não parava de chorar emocionantemente não apenas pela morte de meu avô e por arrependimento das brigas do passado, mas sim porque ao lado do tumulo do Seu Gutenberg estava os túmulos de minha avó, e principalmente, meu irmão mais novo, Yago Gabriel Souza de Oliveira, que eu não havia chegado a conhecer, pois durante os três meses que passou na terra ele estava na CTI e eu com apenas quatro anos não podia vê-lo. Aquilo foi como um soco no estomago, estava ali perante meus olhos uma caixinha com os ossos de meu irmão, eu como espírita deveria saber que aquilo não era meu irmão e assim os restos do corpinho dele, que o espírito dele não estava ali, estava com outros espíritos desencarnados olhando por nós e nos guiando para o caminho certo, mas na hora eu não consegui diferenciar e pensar nisso , assim como minha mãe , que precisava tanto de mim naquela hora, eu não consegui mais fica ali, eu sai e fiquei pensando e chorando. Na hora pensei naquilo como se fosse o primeiro encontro entre nós dois, mas é obvio que não é, nós somos grandes amigos no plano espiritual e eu devo ter envergonhado-o com uma atitude tão materialista. Arrependo-me de tais erros, e peço a Deus que ilumine meus avós e meu irmão, que ajude meu avô a encontrar o caminho certo para junto ao pai e que deixou este plano para a vida eterna e que lá ele poça ser muito feliz, redimir-se de seus erros, perdoar quem o magoou e olhar por nós esperando o dia de nosso reencontro .

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