Antes havia um refugio no passado…
Uma casa velha e aconchegante,
esqucida no tempo…
Um refúguio das loucuras e tempestades do presente,
dos sonhos e das dúvidas do futuro.
Um jardim, um quintal… campos de morango…
Uma rede… Uma vitrola…
Me escondia e me esquecia do mundo,
naquele castelo simples e desbotado,
naquele canto de infancia…
Mas as tempestades cresceram
e o presente voltou no tempo.
As nuvens invadiram os portões da garagem,
a chuva molhou o quintal e os morangos,
todo canto vazio daquele passado anterior a mim
se encheu do meu presente… se encheu da vida que fugia.
Caixas e novas tecnologias,
Conversas e fumaças…
Meu refugio havia sido destruido.
O silencio sumiu, as tintas secaram,
Os morangos apodreceram
e os discos se arranharam.
Minha nostalgia se molhou de lágrimas alheias
e os problemas vieram me buscar…
Os loucos conversavam na sala de estar
e os pulmões se esqueceram de viver,
fazendo os cérebros voltarem a pensar.
O presente estava ali. O futuro também.
E mais uma vez, o passado era apenas isso…
Passado.
13 de Outubro de 2012, Rio de Janeiro, Grajaú
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
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