O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
Aviver diferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodaque você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
Noel de Medeiros Rosa-1933
É realmente incrivel como, talvez infelizmente, as grandes poesias/musicas críticas do/ao nosso país se fazem tão contemporaneas, independente da época, autor, métrica ou estilo.
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Filosofia - Noel Rosa
Marcadores:
Homenagens e lembranças,
Musica e outras artes de viver
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário