Andando pela rotina
E suas ruas movimentadas e barulhentas
Resolvi que hoje iria mudar o caminho
Entro numa dessas ruas adjacentes
-ruelas esquecidas-
Que sempre passamos,
mas nunca notamos.
Volto décadas no tempo...
Um velhinho barbudo vende balas na esquina,
-Lembram-me Monet,
com seu cigarrinho pendurado pela boca-
Vendo as crianças brincarem...
Sim! É incrível!
Três menininhos de seus 8 anos
Jogam bola na rua,
no meio da rua!Sem preocupações!
Que lugar perfeitamente tranqüilo, não?...
Mas de repente o presente brutal
Acorda-me do sonho risonho...
Um carro de cada lado da ruazinha...
Homens saem...
Pá, Pá, Pá!
...
Um cigarro no chão, afogado em sangue...
Uma bola furada, um choro abafado
Por tiros que não acabam...
Eles pintam de vermelho,
Sem qualquer técnica impressionista de Monet
A paisagem contemporânea.
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Pintura Cotidiana
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Você é ótimo, menino! tem narrativa cinematográfica! Bom descobrir-te, me descobrindo...
ResponderExcluirabçs
Olá Yan.
ResponderExcluirDe logo, quero registrar minha satisfação com seu comentário em meu blog: www.versoslibertos.blogspot.com
Em atenção a sua solicitação, "dei uma olhada" em seu blog. Simplesmente amei! Não há nada a sugerir. A qualidade dos textos, sua forma de escrever, o design, tudo muito bom.
Abraço.
Obrigado por terem gostado, de verdade. Espero te-los por aqui mais vezes. Obrigado mesmo pelo apoio.
ResponderExcluir