quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Poetas distantes.

A noite vai amanhecendo

e o sono não quer acompanhá-lo


Desiste de rolar na cama.

Levanta. Caminha até a estante.

Escolhe um livro de poesias.


O degradê matinal começa a surgir

e aquele rapaz com ares de poeta

ainda está aprendendo

com o grande Poeta.


Começa a pensar em linhas e linhas...

Cartas e cartas...

Para agradecer ao seu ídolo.


Agradecer pela poesia,

pelos ensinamentos,

pela emancipação,

pela ideologia...

Agradecer simplesmente,

pelo passatempo Noturno.


Mas o mestre não está mais por aqui,

nem por ai, nem acolá...


O Poeta se foi,

antes mesmo do poeta

pensar em vir.


O garoto reflete sobre isso

e volta a ler,

pois acredita

que os versos que lê

voam

-coloridos de ternura e agradecimento-

de encontro ao autor,

seja lá onde esteja.

2 comentários:

  1. Melhor coisa que podemos fazer em uma noite de insônia, livros e livros. Abraçar a poesia e aprender sempre.
    Obrigada Yan, pelo seu último cometário no blog. Fico feliz quando vc escreve lá, acho vc uma pessoa bem sincera!!!
    bjs

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  2. Yan,gosto dessa combinação: insônia e livros. E aprecio a relação do jovem com o poeta que já se foi, mas cujas palavras ficaram.
    Quanto aos rótulos, tudo bem, somos ou não somos. Poetas ou não, escrevemos provavelmente pelos mesmos motivos. Escrevemos simplesmente.
    Um beijo e um Feliz Natal pra você também!

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