quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bilhete Amarelo

Acordou com o sol lavando o rosto
e percebeu que estava só...

Colocou café na cafeteira,
Trocou de roupa,
Pegou o livro pra ler...

Havia um desenho novo na capa,
um daqueles papeizinhos amarelos
-onde chefes chatos deixam bilhetes truculentos-
A letra redonda e familiar
também deixara um bilhete,
nem um pouco truculento...

“Eu te amo, sabia?”

Com um sorriso o tirou da capa,
e colou por dentro,
não pra esconder,
não pra esquecer,
mas pra proteger...

Protegeu,
numa embalagem de lembranças boas,
e Colou,
por dentro do peito,
na primeira folha do coração...

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