O sol começa a sair, tímido, por entre as nuvens
e aquece a mata cansada e molhada...
Esse resquício de Mata Atlântica,
Cansada de tantos anos de escravidão e exploração
para sustentar esses frágeis e egocêntricos animais bípedes...
Molhada de chuva, suor e lágrimas...
O sol rompe, revoltoso, as nuvens tristes
e bate nos olhos cansados do viajante...
O astro-rei o acorda para ver aquela beleza esquecida
e aquecer seu peito confuso e apertado...
Ilumina sua mente perdida
entre as curvas da estrada
e a beleza rústica da natureza que luta por sobrevivência...
e da tristeza daquele povo que a explora por subsistência...
e é, também, explorado para lucrar o latifundiário...
E ele segue viagem após surpresas tão boas e lembranças tão tristes...
E ele segue viagem, com a surpresa do sol e a lembrança da chuva...
A surpresa da natureza e a lembrança dos homens...
Em algum lugar do Norte Fluminense, Av. Dutra, 18 de Julho de 2012...
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
sábado, 1 de dezembro de 2012
A natureza e a pobreza na estrada
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