Primeiro comecei a ficar paranóico...
Já não confiar em ninguém...
Amigos, família, mulheres, colegas, companheiros...
Todos eram suspeitos,
todos planejavam algo
mas eu não sabia o que...
De repente percebi...
Entendi...
Conheci, então, o sistema e seus chips...
Suas memórias... Seus espiões... Suas câmeras...
Seus gatos... Seus tumores...
Suas estátuas.
O estudei e o combati,
mas então,
ao perceber que não me controlava mais,
ele começou a me caçar.
Foi então que começou a doença...
As sombras, o negro, as roupas,
Agathe, a morte de Éve, Franchout,
Darbédat, o rahat-lucum, a Recapitulação,
o Tartamudear, o ano de degradação...
O quarto, a cama...
E, então, Éve volta,
com a morte de Agathe,
e me livra do sofrimento...
Niterói, Gragoatá, 20 de Dezembro de 2012-12-22
Em memória de Jean-Paul Sartre e “o quarto”.
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
domingo, 23 de dezembro de 2012
Versos de Pierre
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