A sabedoria das velhas montanhas de Minas Gerais
inunda as veias de meu cérebro,
trazendo a tristeza e a alegria apática da reflexão...
A ventania entra no ônibus,
ou pela janela,
ou pelas cordas
–sejam as do violão desafinado
ou as roucas vocais-...
Os cheiros do mato e das plantações de milho
que refletem no horizonte
afloram meus sentidos e me prendem em linhas...
Prendem minha atenção em linhas amarelas...
Duas contínuas e infinitas linhas amarelas...
Minha atenção é presa... e um segundo depois se dissipa...
Aqui é o lar dos sem-lar..
A estrada é a mãe de todos os órfãos
de minha geração sem ídolos ou sonhos...
Atravessando o país atrás do nada,
encontrei tudo...
E o Tudo é viajar.
BR 040, próximo à Juiz de Fora-MG, 3 de Dezembro de 2012
"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
Nenhum comentário:
Postar um comentário