"Malícias maluqueiras, e perversidades, sempre tem alguma, mas escasseadas. Geração minha, verdadeira, ainda não eram assim. Ah, vai vir um tempo, em que não se usa mais matar gente... [...] 'Maluqueiras – é o que não dá certo. Mas só é maluqueira depois que se sabe que não acertou!'” (Riobaldo Tatarana) *** "Podem dizer que isto é loucura, mas é somente a mais pura maneira de se amar." (Jorge Mautner)
domingo, 12 de agosto de 2012
Blow Up.
Tenho tentado ocupar minha mente e abstrair, mas não tenho conseguido. Até o momento, quando estou sóbrio, tudo me parece chato, entediante, repetido e ao mesmo tempo me faz lembrar os problemas... A primeira coisa que me fez viajar foi o filme que acabei de ver: "Blow Up"(1966, Michelangelo Antonioni).
O filme em si é a maior viagem... Não é completamente sem sentido mas dá a impressão de não ter sentido algum... E é exatamente por isso que é bom. É o tipo de filme que não se entende, se sente. O roteiro é interessante, mas fica em segundo plano. O mais importante é o cenário, a fotografia, a iluminação... a áurea do filme. Esse filme não é literatura, é pintura. Ao assisti-lo se sente diante de uma boa pintura abstrata e quente. Um quadro que te inspira tesão, vontade de viver, confusão... e tudo isso ao mesmo tempo, sem se quer te deixar entender da onde vem tantas coisas. Ver o filme é ouvir o silêncio, observar o vazio, entender a loucura... Fica-se cativado e apaixonado pelo nada. É lindo.
Rio de Janeiro, Jacarépagua, 12 de Agosto de 2012
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