domingo, 12 de agosto de 2012

Defunto mascarado.

Cada segundo, cada detalhe,
cada música, cada palavra,
cada vírgula,
cada reticência,
cada instante da minha vida me lembra,
de uma forma ou de outra,
você...

E lembrar você lembra não ter você,
o que, por sua vez,
lembra que viver sem você é cada dia mais impossível...

Mas como vivo,
se cada centímetro de vida
me lembra a todo tempo
que não posso mais viver?
Ai está a questão...

Não vivo,
coloquei uma mascara de sorriso no rosto,
e com ela sigo, sangrando e chorando por dentro,
não vivendo,
mas, sim,
sobrevivendo.


Rio, Jacarepaguá, 12 de Agosto de 2012.

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